Ambientes Inclusivos: Adaptações Curriculares não Significativas e Significativas turma T137
Apresentação
O Decreto-lei n.º 54/2018 veio redefinir o papel da escola em que as principais alterações incidem no modo como esta olha para os alunos e como se organiza, para poder responder às suas necessidades. O acesso ao conhecimento, exige modificações nas práticas e estratégias pedagógicas em que as escolas têm de oferecer recursos e estratégias diversificados, de forma a eliminar barreiras. A flexibilidade curricular é uma das estratégias pedagógicas que possibilita essa acessibilidade, em que as adaptações curriculares significativas e não significativas são as medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão que permitem ajustar os documentos curriculares, para responder à diversidade e pluralidade dos alunos. As adaptações curriculares devem ser encaradas não apenas enquanto medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão, mas como algo inerente a qualquer intervenção educativa, que vise abranger todos os alunos de que delas necessitem. A construção destes ambientes inclusivos é ainda penosa para os docentes e difícil. Os professores enfrentam desafios diários para adaptar o currículo às necessidades individuais dos alunos. Com turmas diversas em termos de habilidades e estilos de aprendizagem, é uma tarefa árdua equilibrar as demandas do programa com a personalização do ensino.
Destinatários
Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial
Releva
Para os efeitos previstos no n.º 1 do artigo 8.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores, a presente ação releva para efeitos de progressão em carreira de Professores dos Ensinos Básico e Secundário e Professores de Educação Especial. Para efeitos de aplicação do artigo 9.º, do Regime Jurídico da Formação Contínua de Professores (dimensão científica e pedagógica), a presente ação não releva para efeitos de progressão em carreira.
Objetivos
- Compreender o conceito de inclusão e a sua importância para a construção de sociedades mais equitativas. - Familiarizar-se com as heranças curriculares - Apropriar-se do currículo, envolvendo todos os alunos, na sua relação com os objetivos de aprendizagem. - Refletir sobre os princípios da diferenciação, flexibilização e acomodação. - Desenvolver habilidades para identificar as necessidades dos alunos e implementar padrões curriculares adequados. - Explorar estratégias e recursos para promover a inclusão de alunos com necessidades especiais em ambientes educacionais. - Reconhecer que as adaptações curriculares são uma medida de personalização da aprendizagem. - Conhecer os instrumentos pedagógicos que contribuem para a organização das adaptações curriculares e diferenciar/construir adaptações curriculares significativas e não significativas adaptadas ao perfil do aluno.
Conteúdos
Introdução à inclusão e ao currículo (4 horas) Conceitos de inclusão Currículo: Desenho Universal para a Aprendizagem e abordagem multinível de acesso ao currículo. Necessidades especiais e diversidade na sala de aula Medidas de gestão curricular - enquadramento legal (DL 54/2018) - Adaptações curriculares não significativas (6 horas) Adaptações curriculares não significativas Definição. Adaptações em priorização, sequenciação, conteúdos e objetivos. Construção de propostas de Adaptações Curriculares não Significativas. Adaptações curriculares significativas (6 horas) Adaptações curriculares não significativas Definição. Construção de propostas de Adaptações Curriculares Significativas. Trabalho colaborativo com outros profissionais e pais Implementação de adaptações curriculares não significativas e significativas (5 horas) Estratégias de implementação Gestão de recursos e materiais Resolução de problemas e superação de desafios Monitorização e avaliação Desenvolvimento de práticas inclusivas (3 horas) Reflexão sobre a prática e o planeamento: Promoção da participação ativa de todos os alunos.
Metodologias
Neste curso de formação as atividades de ensino-aprendizagem desenvolvem-se em sessões teórico-práticas com recurso a metodologias de trabalho individual, a pares e de grupo, sempre contextualizadas na prática pedagógica dos formandos. Será promovida uma dinâmica facilitadora de debates e momentos de reflexão com base nas práticas/experiências dos formandos nos diferentes contextos da prática pedagógica.
Avaliação
A avaliação consta de: - Participação na apresentação/discussão/debate dos trabalhos realizados ao longo das sessões. - Elaboração de relatório final individual reflexivo. A avaliação é quantitativa, na escala de 1 a 10, seguindo o regime de avaliação em vigor. Deve aplicar-se a seguinte escala, na conversão da avaliação quantitativa (de 1 a 10 pontos) para a avaliação qualitativa de 5 níveis (entre Insuficiente e Excelente): Insuficiente: 1 a 4,9 pontos Regular: 5 a 6,4 pontos Bom: 6,5 a 7,9 pontos Muito Bom: 8 a 8,9 pontos Excelente: 9 a 10 pontos
Bibliografia
Ferreira, M. (2017). Guia para uma Pedagogia Diferenciada em Sala de Aula Teoria, Práticas e Desafios. Lisboa: Coisas de Ler.Nunes, C. & Madureira, I. (2015). Desenho Universal para a Aprendizagem: Construindo práticas pedagógicas Inclusivas. Da Investigação às Práticas.Roldão M.C. (2003). Gestão do Currículo e avaliação de competências as questões dos professores. Lisboa: Editorial Presença.Tomlinson, C.A. (2008). Diferenciação Pedagógica e Diversidade. Ensino de Alunos em Turmas com Diferentes Níveis de Capacidades. Porto: Porto Editora.Zabalza. M. (s/d). A Construção do Currículo: A Diversidade numa escola para Todos. In Sousa, O.C., Ricardo, M.M.C. (org) Uma Escola Com Sentido: O Currículo em análise e debate contextos, questões e perspetivas. Colóquio de Ciências da Educação da Universidade de Humanidades e Tecnologias de Lisboa. Lisboa: Ed. Universitárias lusófonas.